EM MEIO À GUERRA, PABLO MARÇAL LEVA 220 PESSOAS PARA “MENTORIA ESPIRITUAL” EM ISRAEL
Em um momento de crise e tensão no Oriente Médio, o ex-coach e polêmico influenciador Pablo Marçal está conduzindo uma “mentoria espiritual” com 220 brasileiros, atravessando o Egito, Jordânia e Israel. A viagem, iniciada cinco dias após o início de um conflito armado entre Israel e Irã, levanta questões alarmantes sobre a segurança e a ética de levar pessoas a uma região em guerra.
A comitiva, que partiu no último dia 18, parece ignorar o cenário caótico que envolve bombardeios e uma crescente crise humanitária. Marçal, que já se tornou uma figura controversa no mundo dos influenciadores, promove essa experiência como um “retiro espiritual”, mas críticos alertam que isso pode ser uma exploração da vulnerabilidade das pessoas em busca de crescimento pessoal.
Os custos dessa viagem, que incluem pacotes de “imersão” e “networking de alto nível”, são exorbitantes, com valores que podem ultrapassar R$ 20.000, mas os detalhes exatos permanecem obscuros. Enquanto isso, o ex-candidato à prefeitura de São Paulo se beneficia financeiramente da situação, levantando suspeitas sobre suas verdadeiras intenções.
A situação se torna ainda mais crítica ao considerar que, em caso de emergência, os participantes poderiam precisar de assistência consular, colocando em risco não apenas suas vidas, mas também a segurança de possíveis missões de resgate. A pergunta que ecoa é: quem se responsabiliza por essas vidas em meio ao caos?
Enquanto o mundo observa a escalada do conflito, a decisão de Marçal de levar um grupo para uma “mentoria” em uma zona de guerra parece não apenas imprudente, mas também profundamente irresponsável. O que deveria ser uma busca por autoconhecimento se transforma em uma perigosa aventura em meio ao fogo cruzado.