Escândalo na Câmara de Vereadores de São Paulo: Ex-MBLs Fernando Holiday e Lucas Pavanato estão envolvidos em um esquema de “troca-troca” de contratos que levanta sérias suspeitas sobre a moralidade do uso de verbas públicas. Os ex-vereadores, que mantêm uma relação próxima desde os tempos de estágio e assessoria, têm firmado contratos cruzados que totalizam impressionantes R$ 127 mil em pagamentos.

Pavanato, o vereador mais votado do Brasil nas últimas eleições, começou sua carreira política sob a tutela de Holiday, que o contratou como assessor. Agora, a situação se inverte: Pavanato, como vereador, destina mensalmente R$ 20 mil à empresa de consultoria de Holiday, a FHS Bispo Consultoria. Esses repasses, que somam R$ 100 mil até maio de 2025, foram classificados como despesas de “consultoria”, mas sem detalhes claros sobre os serviços prestados.

As notas fiscais, que têm descrições genéricas, não apresentam relatórios técnicos ou estudos que comprovem a efetividade dos serviços. Isso levanta questões sérias sobre a legalidade e a ética dessas transações, especialmente em um cenário onde ambos os políticos se posicionam como defensores da moralidade no uso do dinheiro público.

A situação se torna ainda mais intrigante considerando que, apenas dias antes da revelação dos contratos, Pavanato criticou publicamente assessores de outros vereadores, criando um contraste alarmante. O clima de “bromance” entre os ex-MBLs, agora transformado em um jogo de interesses, exige uma investigação mais profunda para esclarecer a natureza desses contratos.

A população de São Paulo merece transparência e responsabilidade de seus representantes. O que parecia ser uma relação de amizade política agora se transforma em um potencial escândalo que pode abalar a confiança no legislativo municipal. A sociedade aguarda respostas e, se necessário, ações legais para garantir que a moralidade e a ética prevaleçam na administração pública.